Maiores de 6

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Vale tudo



Da escola veio o aviso, escrito no caderno por várias vezes, "Atenção à letra".

Para grande infelicidade, institui a cópia diária. Todos os dias à chegada da escola, uma cópia consoante as letras que aprendia na escola.
Resultou durante uns tempos.
Entretanto, com os acontecimentos e as viagens esgotantes, a coisa foi ficando para trás. A vontade começou a ser cada vez menos e a tarefa começou a ser pesada, e a não resultar.
Lembrei-me de abordar a questão por outro lado, como as letras estão praticamente todas sabidas, começámos com a correspondência a amigos e família. Já o tínhamos feito no Natal mas agora a coisa pode ser mais especial, mais focada nos assuntos deles.
Enquanto exercita a escrita fica ao mesmo tempo a conhecer um mundo que não lhe será tão familiar como o foi para mim durante anos de troca de correspondência.
Assim a frio,  caiu-lhe no goto. Disse logo que sim. Começámos, e ontem, foi a loucura. Recebemos logo um telefonema de aprovação dos nossos primeiros destinatários. E a excitação foi tanta que valeu pela vontade de continuar. Vamos ver como corre, talvez tenhamos que intercalar ideias.
Pena ainda não conseguir levar a escrita no blog por diante.

O encanto da Serra

Fomos à neve. 
Foi inesperado, fomos à missa por alma do avô Manel e à vinda, precisámos de quebrar todo o cinzento com que a vida nos tem pintado o caminho e, em cima da hora, decidimos que o branco seria uma excelente cor para começar uma nova paleta.
Pelo inesperado da viagem, sem qualquer preparação, foi milagre ninguém ter apanhado uma daquelas constipações. Mãos geladas e pés encharcados. Parece que a cabeça manda muito mais, a novidade e a satisfação foram tão grandes que não houve gripe que passasse a barreira da descoberta da neve e do arrebatamento de espírito.
Estava tanta gente que não conseguimos chegar à Torre, mas o que vimos foi mais do que suficiente. 









A simplicidade da vida e da morte

- G, estás bem em relação ao que aconteceu ao avô "Manel"? Tens alguma dúvida? Há alguma coisa que precises de saber?
- Não, estou bem! - respondeu encolhendo os ombros.
- Se algum amigo da escola aparecesse a chorar porque o avô dele tinha morrido,  conseguirias ajudá-lo? O que lhe dirias?
Ele pensou um bocadinho.
- Olha, dizia-lhe: "Tem calma, não chores, é preciso ter a certeza, pode ser que ele esteja só a dormir."
(... pausa para organizar o pensamento e o meu discurso de mãe...)
- Mas sabes, se o amigo aparecesse a chorar porque o avô tinha morrido era porque já tinha a certeza. Já lá tinha ido o médico e já sabiam o que se tinha passado. - Expliquei.
Ele pensou mais um pouco.
- Dizia-lhe para não chorar porque não tarda nada vão estar juntos outra vez.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Ainda as férias do Carnaval



Nos três dias de férias de Carnaval, antes de todos os acontecimentos piores, o G esteve em casa da vovó. 
Ali por perto habitam todos os personagens possíveis e imaginários que a JumpingClay permite elaborar. Foram três dias de workshops. Achámos que ao fim do primeiro ele estaria farto mas... nada disso. A Joana tem uma paciência e uma atenção digna do trabalho que faz. E os resultados, mesmo para aqueles pequenos artistas que não ficam a dever nada ao dom artístico, são de os deixar vaidosos de orgulho com as suas criações.

Depois das férias recebi um email da Joana, ela explicava-me que o G, no último dia, estava preocupado porque não sabia misturar as cores e queria tirar apontamentos para não se esquecer [está um quadro gigante na parede com as misturas de cores]. E ela prometeu-lhe enviar o quadro por email  para ele saber sempre.
Adorei, conquistou-me de todo com esta atenção. Ainda lá não voltámos por falta de oportunidade mas, logo que possível, sei que ele lá estará caído.

Para quem não sabe (e passo a fazer um bocadinho de publicidade, mas, daquela que faço pela partilha de informação e nada mais), A plasticina da JumpingClay está catalogada como a melhor do mundo pelas seguintes características: Não suja e não se pega; Seca à temperatura ambiente sem rugas e sem estalar; Versátil e elástica; Não é tóxica; Criam-se cores misturando outras e são luminosas e limpas; Depois de seca fica mais leve; Tem diferentes aromas e.... Salta!
Trabalhar a plasticina pede desenvolvimento de concentração, criatividade, observação, melhoria de coordenação, aquisição de noções de espaço, percepção visual, proporção, simetria, tamanho, quantidade e planificação, etc.
Só coisas boas. 

E para algum pequeno artista que possa passar por aqui, junto o quadro das cores que recebi da Joana.




domingo, 7 de fevereiro de 2016

Torneios

Da escola veio o "convite": "Inscrevam-se nas Olisipíadas". Trouxeram folhetos e pedincharam aos pais. Nós caímos na pedinchice, e da sala dele, acho que só mais uma mãe/pai caíram.
Houve inscrição, houve ida aos serviços médicos no Areeiro, para ver se o rapaz podia fazer jogos de... Xadrez. Pode.
Fomos ao primeiro torneio, ele ía cheio de... si mesmo. Ainda bem, pelo menos tem auto-estima. O pior foi ter perdido 4 jogos. Era o mais novo, aquilo começa nos 6 anos e vai até aos 14. E miúdos federados, abundam. Mas é bom, digo-lhe que é a perder que se aprende mais, e perder faz parte do jogo. Ele não é muito dessa opinião mas, para que um ganhe, outro tem de perder. O professor estava lá, disse-me que nesta fase, o que é bom é eles estarem quietos a raciocinar, é o que lhes faz bem. E depois, ganhou os últimos dois jogos, já é o melhor outra vez.
Seguem-se muitos torneios até ao Verão. Vamos ver se para a próxima, a coisa é mais tranquila. Até porque cá por dentro choro tanto como ele, não por ele perder, claro, mas por ele chorar.







sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

E a Junta de Freguesia fez a festa






Estrada de Benfica fechada ao trânsito e as escolas a tomarem conta do espaço.
Cor, musica, alegria. Parece que estamos noutra realidade.
Divertiram-se e é o que interessa.
"Mãe, foi o melhor dia de sempre!"

Carnaval

É Ninja, pois claro. Mas pelo menos já evoluiu de tartaruga.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Um bocadinho de religião

Digo-lhe que somos todos parte de Deus, pergunta-me muitas vezes onde está Deus e eu digo-lhe que está dentro de nós. Invariavelmente volta à carga:
- Mãe, somos todos pedacinhos de Deus?
- Sim amor, somos todos parte de Deus.
- Eu sou o polegar! - soltou.
- És o quê?!
- Eu sou o polegar, tu és o dedo que aponta e o pai é dedo da asneira!